quarta-feira, 7 de maio de 2008

Crônicas - Caso Isabella

Teoria da conspiração: "Caso Isabella"
O país parou. A menina Isabella foi sepultada. Depois de um mês de investigações não há certeza sobre os culpados. A tragédia aconteceu em São Paulo. Uma garota foi defenestrada ainda viva. O uso da palavra "defenestrar" também deveria ser transmitido pela mídia, além de evitar a repetição desnecessária de "ela foi jogada/lançada/arremessada/atirada pela janela", tornaria o público mais culto e com certeza eles jamais esqueceriam o significado da palavra "defenestrar", devido à repercussão que possui o caso. Está certo, temos que concordar: foi cruel, mas porque se fala tanto no caso?
Repórteres comparecem à cena do crime para constatar uma décima sexta simulação que os investigadores fazem e transmitem em pelo menos trinta e quatro canais de TV. Futuros defenestradores já sabem até a posição certa para atirar a vítima sem que ela descreva uma parábola, característica de uma defenestração bem sucedida.
Sabemos que a mídia é manipuladora de opinião. Ops, você não sabia? Pois é, contarei: nas favelas, crianças, adultos e idosos são mortos, vítmas do tráfico, todos os dias!!! Eu sei que isso é algo que todos já sabem. Talvez o "caso Isabella" tenha tanta repercussão por ter ocorrido com indivíduos de uma classe economicamente privilegiada ou devido à estranheza do caso. O pai e a madrasta (isso pega mal, as madrastas já tem fama de serem ruins) são os principais suspeitos.
Já é hora de a mídia dar enfoque às prioridades gerais, como por exemplo: eleições. Quem sabe a mídia insiste em veincular o "caso Isabella", para acobertar alguma trapaça política e desviar as atenções? Afinal mídia "paga" é o que não falta.
Bom, ninguém sabe, o imaginário popular que explique. Mas recomendo: parem de assistir ao jornal!Leiam bons livros! (pelo menos a parcela da população que sabe ler, o que, aliás, pelo que sei também deveria ser uma preocupação, um absurdo).
Que Isabella descanse em paz.
Camila Rocha - 3° ano.
Leia a Crônica de Luis Fernando Veríssimo. (clique aqui)